terça-feira, 30 de março de 2010

DÉCADA DE 70


Os governantes da época, com a corriqueira situação de transbordamento do açude João Lopes e alagamento da região que o rodeava, no caso o bairro Ellery, a realizar a canalização e conseqüente desobstrução do açude, os trabalhos começaram em 1972 e foram concluídos dois anos depois. O serviço de saúde pública era inexistente no bairro, mas havia as parteiras-enfermeiras, formadas na experiência e na necessidade da comunidade, como no caso da D. Maria de Jesus, conhecida carinhosamente como “Mãe de Jesus”, que morava por trás do “Grupo” Honório Bezerra. Havia também as rezadeiras que realizavam um importante trabalho de informação sobre prevenção de doenças e mortalidade infantil, mas nos casos graves, com grande dificuldade, deviam se locomover aos jardins do Teatro José de Alencar, onde funcionava a SANDU, uma espécie de pronto-socorro da época.
Sobre a segurança pública havia construção das sub-delegacias, isto por volta de 68-70, sob o comando do General Manuel Cordeiro Neto, espécie de secretário de segurança pública da época, possuía o apelido de “lata furada”, pois sua política era de colocar aqueles que cometiam pequenos delitos, como embriaguez e desordem, para ajudar na construção dos prédios das sub-delegacias, à moda da época, de terno de linho e gravata, os homens carregavam latas furadas cheias de barro no ombro, saindo imundos da labuta.
Em 1974 é fundada a Escola Professor Martinz de Aguiar, primeiro com tele-ensino, e depois, com ensino de 1ª a 8ª séries, e em 1976 foi inaugurado o Centro Interescolar de 1º Grau Dona Creusa do Carmo Rocha, para atender aos alunos de 5ª a 8ª séries com seus diferentes cursos profissionalizantes. Havia trabalho na Brasil Oiticica (fábrica de castanha), Mecesa (metalúrgica) e Thomás Pompeu (tecelagem).
Na primeira chuva da década de 70, em 21 de janeiro, o jornal O POVO registrou 116 telefones ficaram paralisados, pane no fornecimento de energia e a denúncia da precariedade do sistema de esgotos. ‘‘Toda vez que chove, a história já saturada se repete’’, avaliava o jornal em 11 de junho de 1973. E conclui: ‘‘Sem a mínima infra-estrutura para enfrentar aguaceiros (...) a Capital cearense fica prisioneira das águas’’. Famílias desabrigadas e inundações nas margens dos leitos de rios e riachos foram conseqüências da ‘‘maior chuva do século XX’’, em 3 de junho de 1977. Mas a precipitação de ‘‘quase’’ 200 mm não seria realmente a maior do século, apesar de ter causado estragos comparados aos de um ‘‘minidilúvio’’.
No fim dos anos 70, a FASE (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional) começa sua atuação nos movimentos de bairros.

Um comentário:

  1. O GENERAL MANOEL CORDEIRO NETO ERA DEMAIS!GOSTARIA DE VER ALGUMAS FOTOS DELE! É POSSIVEL ISSO?

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